A Afroteca Curumim foi inaugurada no dia 28 de novembro de 2024, sendo a primeira inaugurada no âmbito do TED firmado entre o Ministério da Igualdade Racial (MIR) e a Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), que financia a construção de 6 Afrotecas na região oeste do Pará.
A programação incluiu apresentações musicais de turmas da educação infantil dos três primeiros Cemeis contemplados com Afrotecas em Santarém, além de falas da secretária de Políticas Afirmativas do Ministério da Igualdade Racial (MIR), Márcia Lima, da reitora da UFOPA, Aldenize Ruela Xavier e do coordenador do Projeto Kiriku e AFROLIQ, Luiz Fernando de França, além da Diretora de Políticas Estudantis e Ações Afirmativas da Ufopa, Wania Alexandrino Viana e a representante da equipe de implementação, Dayana Paixão, que destacaram a importância da Afroteca Curumim como um espaço de inovação tecnológica e científica, especialmente em relação ao combate ao racismo e na construção de uma educação antirracista, e também como ferramenta de apoio à permanência materna na instituição. Ao final, o espaço foi oficialmente aberto ao público para uso da comunidade acadêmica.
O processo de implementação da Afroteca Curumim foi conduzido pela equipe composta por Odavilma Calado Pompermaier, Dayana Paixão, Jordana Santos e Raíssa Araújo, sob a supervisão do Prof. Dr. Luiz Fernando de França, em diálogo com o grupo de trabalho que elabora a Política Materna e Parental da instituição e com a Diretoria de Ações Afirmativas coordenada pela Profa. Dra. Wania Alexandrino.
Pensada para funcionar dentro da Universidade Federal do Oeste do Pará como um espaço de apoio a mães estudantes e servidoras da instituição que precisam conciliar o cuidado dos filhos com as atividades acadêmicas e laborais, a Afroteca Curumim recebeu esse nome para honrar e representar a multiculturalidade de compõe a instituição e o público-alvo da tecnologia neste espaço: em sua maioria crianças negras, indígenas e quilombolas. De origem tupi-guarani, a palavra “Curumim” significa “criança” ou “menino”. Em nossa região, o termo é muito utilizado para designar crianças Indigenas. É comum também o uso da expressão para se referir a crianças de todas as origens étnicas e raciais, por isso, a palavra foi escolhida como um símbolo das múltiplas infâncias que a Afroteca Curumim pretende acolher, cuidar e educar.
Texto: Dayana Taveira Paixão