O mês de novembro chegou com uma programação intensa de acolhimentos na Afroteca Willivane Melo, com visitas escolares e vivências educativas antirracistas.
São mais de 18 instituições e projetos educacionais agendados, reunindo mais de 300 pessoas, dentre elas crianças, adolescentes, jovens e adultos ao longo do mês, com o objetivo de fortalecer o pertencimento, a autoestima e o orgulho da identidade negra desde a primeira infância.
Entre as escolas participantes estão a Escola Municipal Irmã Leodgard Gausepohl, o CEMEI Santa Clara de Assis, o CEMEI Perpétuo Socorro, o CEMEI Manoel Pereira Damasceno, o Centro Educacional Pequeno Anjo, a Escola Maria Eunice Ferreira da Silva, a Escola Estadual Barão do Tapajós, o CEMEI Nazaré do Socorro Ramos, a Escola Professora Deuzuíta Freire de Matos, a Escola Pérola do Maicá, a Escola Maestro Wilson Dias da Fonseca, a Escola São Francisco de Assis, o projeto social AEPETI – Transformar Vidas e os adolescentes e jovens da FASEPA.
Cada acolhimento é um momento de escuta, afeto e aprendizado, reafirmando o papel da Afroteca como tecnologia para a educação antirracista voltada à formação humana e à promoção da igualdade racial.
As temáticas trabalhadas durante as visitas, como identidade, cultura afro-brasileira, pertencimento, respeito à diversidade, valorização da africanidade, oficinas com instrumentos musicais, oficinas de bonecas Abayomi e o papel da literatura
infantil na construção da autoestima das crianças negras, são desenvolvidas por meio de leituras, contação de histórias, danças, músicas e brincadeiras afrocentradas. As crianças, adolescentes e jovens exploram ainda o acervo da Afroteca, que inclui livros, bonecos, brinquedos e instrumentos musicais africanos como o tambor, o berimbau e o xequerê, fortalecendo laços de identidade e respeito às diferenças.
A Afroteca Willivane Melo, fruto do projeto Kiriku, idealizado pelo grupo de pesquisa AFROLIQ/UFOPA, é um espaço criado para combater o racismo desde a primeira infância, implementando práticas pedagógicas alinhadas à Lei 10.639/03 e à Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Seu propósito é garantir que crianças,
adolescentes e jovens, educadores e famílias vivenciem experiências educativas baseadas na valorização das matrizes africanas e afro-brasileiras e na diversidade cultural.
O mês da Consciência Negra na Afroteca reafirma o legado de Willivane Melo, mulher negra, educadora e militante que dedicou sua vida à luta antirracista e à promoção da educação para as relações étnico-raciais. Cada visita e cada atividade na Afroteca traduzem esse legado em prática viva: educar para o respeito, o amor e o
reconhecimento das nossas origens.
As escolas e instituições interessadas em visitar nosso espaço podem agendar suas visitas pelo formulário disponível em nossas redes sociais ou ir diretamente em nosso endereço: av. Senador Lemos, nº 60, Centro, Santarém-PA.
