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Conceito

A Afroteca é uma tecnologia desenvolvida no âmbito do Projeto Kiriku pelo Grupo de Pesquisa em Literatura, História e Cultura Africana, Afro-brasileira, Afro-Amazônica e Quilombola – AFROLIQ, do Instituto de Ciências da Educação – ICED, da Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA. Composta por um mobiliário específico, por livros, jogos, brinquedos e instrumentos musicais, a Afroteca é uma tecnologia educacional antirracista pensada para acolher crianças, cuidar, educar e ler em perspectiva afrocentrada. A afroteca é, portanto, uma tecnologia inovadora desenvolvida para promover a Educação das Relações Étnico-Raciais e Educação Antirracista de forma permanente a partir de um conjunto articulado de materiais que enfrenta o racismo, a discriminação racial, os estereótipos, os preconceitos, ao mesmo tempo que ensina sobre História e Cultura Afro- Brasileira e Africana. Nesse sentido, é indispensável destacar o potencial inovador que esta invenção pode agregar ao trabalho educacional de implementação da Lei 10.639/2003, que alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB), e tornou obrigatório o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana nas escolas públicas e particulares de todo o território nacional. São objetivos da Afroteca – tecnologia educacional antirracista: Acolher crianças e adolescentes, educar, cuidar e ler em perspectiva antirracista e afrocentrada; Oferecer às crianças e adolescentes um conjunto de materiais estéticos e didáticos que combate o racismo, o preconceito e a discriminação racial; Promover a Educação para as Relações Raciais e a Educação Antirracista; Colaborar na implementação da Lei 10.639/2003 e da 11.645/2008; Promover o Ensino da Literatura, da História e da Cultura Negra, Quilombola e Africana; Oferecer formação contínua para uso permanente e para produção de materiais didáticos antirracistas nas unidades educacionais.

Histórico

A Afroteca – tecnologia educacional antirracista – é, antes de tudo, uma construção coletiva de enfrentamento ao racismo na infância desenvolvida no âmbito do Projeto Kiriku, um projeto de pesquisa executado, em 2022, pelo Grupo de Pesquisa em Literatura, História e Cultura Africana, Afro-brasileira, Afro-Amazônica e Quilombola (AFROLIQ), do Curso de Licenciatura em Letras do Instituto de Ciências da Educação (ICED) da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA). Nesse sentido, a Afroteca é ao mesmo tempo parte e resultado de pesquisa nos CEMEIs (Centros Municipais de Educação Infantil) e tecnologia de permanente estudo e reflexão. Ela representa uma intervenção pedagógica antirracista concreta na Educação Infantil e, dada a dimensão pioneira e inovadora, constitui-se como tecnologia educacional em uso e avaliação. Para compreendermos esta natureza intervencionista e investigativa da Afroteca, cabe-nos retomar brevemente os objetivos do Projeto Kiriku. Num cômputo geral, as ações de pesquisa focalizam dois grandes objetivos: 1) entender como as relações raciais se desenvolvem nos CEMEIS; 2) construir alternativas pedagógicas de combate ao racismo e de promoção da igualdade racial na Educação Infantil. Sobre o primeiro objetivo, o projeto ouviu inicialmente as equipes de trabalho dos CEMEIs, o que possibilitou uma primeira sistematização das situações de racismo que cerca(m) a(s) infância(s) que frequenta(m) essas instituições. Por sinal, a escuta dessas equipes tem sido desenvolvida há algum tempo pelo AFROLIQ nas formações que realizamos nos CEMEIs desde 2019. Todavia, o trabalho de pesquisa desenvolvido no âmbito do Projeto Kiriku permitiu uma recolha mais ampla e um trabalho de análise mais detido. Os relatos das equipes de trabalho recolhidos em nosso estudo de campo apontaram para um quadro de situações recorrentes de discriminação racial que movimentam estereótipos em torno das crianças negras. Desse modo, o trabalho de intervenção pedagógica do Projeto Kiriku, que se materializa principalmente nas Afrotecas, é movido pelo trabalho investigativo e reflexivo sobre o racismo e as formas de discriminação que circulam nas unidades. É nesse sentido que situamos e compreendemos a Afroteca como resultado de um trabalho de pesquisa. A forma como pensamos esta tecnologia tem origem no problema que queremos combater e superar: o racismo na(s) infância(s). Em linhas gerais, a Afroteca é consequência dos problemas encontrados e dos caminhos pensados para o enfrentamento. Nessa perspectiva, os materiais que compõem a Afroteca – livros, jogos, brinquedos e instrumentos musicais – enfrentam o problema racial. Daí a importância da escuta das equipes e desse diagnóstico inicial. Não poderíamos pensar e construir a tecnologia sem conhecer e refletir sobre as relações raciais nos CEMEIS, pois o reconhecimento e a sistematização das formas mais usuais de discriminação racial movimentaram (e ainda movimentam) a escolha dos livros, jogos, brinquedos e instrumentos musicais que estruturam a tecnologia. Ou seja, se o cabelo da criança negra é principal elemento de inferiorização atualizado nas práticas racistas, foi preciso trazer para a composição da Afroteca os materiais que descontroem essa prática e promovam maneiras afirmativas de ver e perceber o corpo e os traços identitários da criança negra. Logo, enquanto tecnologia, a Afroteca materializa um processo de (re)conhecimento do problema racial, de reflexão estratégica e de intervenção educativa. Em resumo, a Afroteca é tecnologia de Educação para as relações raciais.

Nossa Metodologia

A implementação de uma Afroteca exige um procedimento técnico que dialoga com a instituição onde a tecnologia será instalada, que reconheça o problema do racismo e seus derivados, que tenha funcionalidade e composição antirracista, e garantia de utilização adequada. Estruturado em 08 (oito) momentos complementares e desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa em Literatura, História e Cultura Africana, Afro-brasileira, Afro-Amazônica e Quilombola – AFROLIQ, do Instituto de Ciências da Educação – ICED, da Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA, o nosso método de implementação de Afrotecas é específico e já testado. Ele vai da consulta inicial dentro da instituição até a formação continuada e o acompanhamento de uso da tecnologia. A equipe de pesquisadores do AFROLIQ coordena todas as etapas do processo de implementação.

Conheça Nossa Equipe de trabalho

Sobre

Implementadora da Afroteca Curumim, Campus Tapajós, da Universidade Federal do Oeste do Pará-UFOPA. Pedagoga no CEMEI Paulo Freire, Santarém-PA. Pesquisadora do Projeto Kiriku e integrante do AFROLIQ.

Odavilma Calado Pompermaier

Sobre

Implementadora da Afroteca Curumim, Campus Tapajós, da Universidade Federal do Oeste do Pará-UFOPA. Mestranda do Programa de Pós-Gradução em Letras (Ppgl/UFOPA). Pesquisadora do Projeto Kiriku e integrante do AFROLIQ.

Dayana Taveira Paixão

Sobre

Implementadora da Afroteca Ambirá, Escola Municipal Martinho Nunes, Quilombo Pacoval, Alenquer-PA. Educadora Popular. Pesquisadora do Projeto Kiriku e integrante do AFROLIQ.

Lina Alessandra Caripuna

Sobre

Implementadora da Afroteca Ambirá, Escola Municipal Martinho Nunes, Quilombo Pacoval, Alenquer-PA. Professora da Educação Básica. Pesquisadora do Projeto Kiriku e integrante do AFROLIQ.

Bruna Lima Christo Alves de Campos

Sobre

Implementadora da Afroteca Curumim, Campus Tapajós, da Universidade Federal do Oeste do Pará-UFOPA. Aluna do Curso de Licenciatura em Letras da UFOPA. Pesquisadora do Projeto Kiriku e integrante do AFROLIQ.

Anna Karolliny Sousa Aguiar

Sobre

Docente da Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA. Coordenador do Projeto Kiriku e do AFROLIQ.

Luiz Fernando de França

Sobre

Implementadora da Afroteca Abayomi Quilombo Peafú - Monte Alegre/PA Acadêmica do Curso de Letras da UFOPA. Integrante do AFROLIQ e pesquisadora do Projeto Kiriku.

Sarah Beatriz Oliveira Melém

Sobre

Implementadora da Afroteca Abayomi Quilombo de Peafú - Monte Alegre/PA Acadêmica do Curso de Letras da UFOPA. Integrante do AFROLIQ e pesquisadora do Projeto Kiriku.

Larissa Santos Wanzilé de Sousa

Sobre

Implementadora da Afroteca Marina dos Santos - Oriximiná/PA Professora da Educação Infantil no CEMEI Maria Raimunda Pereira de Sousa, município de Santarém-PA. Integrante da Equipe do Projeto e Pesquisadora do AFROLIQ/UFOPA

Lucidalva da Silva Ferreira

Sobre

Implementadora da Afroteca Marina dos Santos - Oriximiná/PA Licenciada em Pedagogia. Integrante da Equipe do Projeto Kiriku e Pesquisadora do AFROLIQ/UFOPA

Cleudete Altenis Andrade de Abreu

Sobre

Implementadora da Afroteca Kiriku Escola Vitalina Motta Município de Belterra/PA Professora da Educação Infantil e Pesquisadora do AFROLIQ/UFOPA

Rosângela Batista Vieira

Sobre

Implementadora Afroteca Bucala Escola Nossa Senhora do Livramento Quilombo Saracura - Santarém/PA Professora da Educação Infantil e Pesquisadora do AFROLIQ/UFOPA

Beatriz Oliveira de Jesus

Sobre

Implementadora da Afroteca Bucala Quilombo Saracura - Santarém/PA Mestranda do PPGL/UFOPA, Professora da Educação Infantil e Pesquisadora do AFROLIQ/UFOPA

Leila Jane dos Santos Guimarães

Sobre

Implementador da Afroteca Kiriku Escola Vitalina Motta Município de Belterra/PA Servidor Público e Pesquisador do AFROLIQ/UFOPA

Ranney Vasconcelos Colares

Sobre

Implementadora da Afroteca Curumim, Campus Tapajós, da Universidade Federal do Oeste do Pará-UFOPA. Pedagoga no CEMEI Paulo Freire, Santarém-PA. Pesquisadora do Projeto Kiriku e integrante do AFROLIQ.

Odavilma Calado Pompermaier

Sobre

Implementadora da Afroteca Curumim, Campus Tapajós, da Universidade Federal do Oeste do Pará-UFOPA. Mestranda do Programa de Pós-Gradução em Letras (Ppgl/UFOPA). Pesquisadora do Projeto Kiriku e integrante do AFROLIQ.

Dayana Taveira Paixão

Sobre

Implementadora da Afroteca Ambirá, Escola Municipal Martinho Nunes, Quilombo Pacoval, Alenquer-PA. Educadora Popular. Pesquisadora do Projeto Kiriku e integrante do AFROLIQ.

Lina Alessandra Caripuna

Sobre

Implementadora da Afroteca Ambirá, Escola Municipal Martinho Nunes, Quilombo Pacoval, Alenquer-PA. Professora da Educação Básica. Pesquisadora do Projeto Kiriku e integrante do AFROLIQ.

Bruna Lima Christo Alves de Campos

Sobre

Implementadora da Afroteca Curumim, Campus Tapajós, da Universidade Federal do Oeste do Pará-UFOPA. Aluna do Curso de Licenciatura em Letras da UFOPA. Pesquisadora do Projeto Kiriku e integrante do AFROLIQ.

Anna Karolliny Sousa Aguiar

INFORMAÇÕES​

Resultado das ações do Projeto Kiriku, este site é um dos produtos do TED n° 17/2024, celebrado entre o Ministério da Igualdade Racial – MIR e a Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA.

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